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Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não Porque os outros usam a virtude  Para comprar o que não tem perdão.  Porque os outros têm medo mas tu não.  Porque os outros são os túmulos caiados Onde germina calada a podridão. Porque os outros se calam mas tu não. Porque os outros se compram e se vendem E os seus gestos dão sempre dividendo. Porque os outros são hábeis mas tu não.  Porque os outros vão à sombra dos abrigos E tu vais de mãos dadas com os perigos. 
Sophia De Mello Breyner Andresen
(Hoje em vez de acordar com uma música qualquer na cabeça, acordei com este poema. Foi para ser diferente!)

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Desabafo #2

Em momentos de aflição, nós, humanos, temos a tendência de rezar a um Deus que nem sabemos se existe. Ou pelo menos, eu não sei se existe ou se acredito. Também não quero ser hipócrita de me lembrar Dele, seja Ele quem for, em momentos de desespero ou porque preciso de algo. Contudo, às vezes gostava de acreditar e a ajoelhar-me ao lado da cama e falar com Ele, mas não consigo. Acho que ainda me faz falta essa fé, que ainda aos 29 anos, luto por isso. Enquanto isso, falo para o ar ou para o meu avô que acredito que esteja sempre presente, pelo menos no meu coração está, em busca de sábios conselhos ou apensas uma luz no fundo do túnel. Não sei se resulta ou não, vou acreditar que sim, mesmo sem resultados iminentes, pois naqueles dias mais difíceis faz-me sentir ligeiramente melhor.

O Regresso

Infelizmente, ainda não é a viagem de regresso à terra. Espero que esse regresso também seja para breve. O regresso de amanhã, é um regresso assim sem contar, à "normalidade", ou seja, dia de voltar ao escritório. Se por um lado tenho imenso receio, por outro confesso que  acho positivo voltar às rotinas, ter horários (sim, porque eu em casa trabalhava umas quantas horas a mais por dia e até fins de semana), conviver com pessoas, mas com as devidas medidas de segurança, e também vestir roupa sem ser aquela de andar por casa. E vocês? Já regressaram? Como se sentem?

Desilusões

A verdade é que às vezes criamos expectativas demasiado altas em relação às pessoas. Faz parte da nossa natureza, mesmo que outrora já tenhamos apanhado umas valentes desilusões, mas afinal nunca conhecemos alguém verdadeiramente. Confesso que andei muito entusiasmada com o rapaz, porém comecei a ver que ele não era bem aquilo que se faz parecer e comecei a colocar travão.  A verdade é que não posso estar com alguém que não entende que o que faço não tem horários nem folgas fixas, além de que o mundo é que tem de rodar à volta dele.  Começou-me a cansar ser sempre o "eu, eu e eu". Cansou-me ser eu a sair às tantas do trabalho, adiar trabalho, petiscar e ir ter com sua excelência que sai as 17.30h e o trabalho acabou ali.  Faltaram as atitudes. Todavia, serve para salientar ainda mais a minha certeza de que estou bem sozinha e não há pressa para nada, pois afinal não preciso de ter os meus amigos fisicamente aqui para saber que tenho amigos que estão a uma mensagem/telefon...