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A Insatisfação

Quando saí do call center foi uma vitória.
Pior do que aquilo não podia haver, só que há. Pelo menos em alguns aspectos.
Olhando para trás, o que era mau era o trabalho em si: a pressão de ter os minutos contados para cada cliente e ainda ter que deixar o cliente satisfeito. Para mim, estes dois aspectos não combinam, visto que, se temos o tempo contado por chamada, não conseguimos dar a atenção devida ao cliente e nem resolver os problemas do mesmo.
Porém, tinha todas as condições: espaço de refeição, um bom subsidio de alimentação, um mimo de vez em quando, facilidade em ter vida fora dali. E eu acho que isso é extremamente importante num trabalho (empregos já não existem ou são raríssimos).
Troquei de trabalho, fui para a área da beleza e descobri um mundo que adoro. Se antes, quando troquei até tinha boas condições, as mesmas foram-se perdendo com o passar do tempo.
Actualmente, estou com responsabilidades que não me competem , a ganhar o mesmo. Pior do que isso, é nem ouvir um agradecimento e as condições mesmo. Retiraram o microondas, ou seja, andamos a comer comida fria, porque não dá para comer fora todos os dias, pois o dinheiro não chega e não é saudável. Não podemos fazer trocas de folgas ou horários, não podemos escolher férias, não podemos nada.
Honestamente, não entendo onde as empresas com estas mentalidades querem chegar, pois se um funcionário está descontente, se são só exigências e nada de benefícios, o funcionário não vai vestir a camisola da empresa, só vai estar a indiferente para aquilo.
Por isso, agora volto à luta, na tentativa de arranjar algo mais cativante, pelos menos nas condições de trabalho. Não está nada fácil, é verdade, mas o azar um dia tira folga. Senão optarei mesmo por ir lá para fora, nem que seja um ano.

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